O sr. Chester Washburne vinha ao Brasil trazido pelos interesses da Brazilian Traction, empenhada em ter, de um technico da sua confiança, uma orientação segura sobre as possibilidades de lançar-se ou não no negocio, caso fossem affirmativas as conclusões daquelle reputado geologo. O sr. Washburne seria realmente contractado pelo Estado, graças a demarches feitas junto ao governo, ao qual foi suggerido o aproveitamento dos seus serviços como uma boa opportunidade para se imprimir maior progresso ás pesquizas. Segundos os informantes, que evidentemente o diziam por conclusão, ao suggerirem o contracto ao governo — que o acceitou de boa fé — os interessados visavam apenas facilitar a misão do seu homem, pela posse dos dados e estudos officiaes, colhidos nas diversas perfurações.
Era o que tinha conseguido saber, sem ter os meios de controlar as informações recebidas, como accentuei ao dr. Bourdot. A esta minha observação final respondeu-me elle: “Não é preciso; conférem”. Entendi que pelo menos não estavam em contradicção com o que elle sabia do assumpto e devia ser da melhor fonte.
Emquanto me dizia aquellas palavras, o meu distincto interlocutor ia retirando do
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O Escandalo do Petroleo
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