Introdução
O caso do petroleo brasileiro prende-se ao caso do petroleo em geral. Esse produto é o sangue da terra; é a alma da industria moderna; é o segredo da riqueza dos grandes países; é a eficiencia do poder militar; é a soberania; é a dominação. Te-lo, é ter o “Sesamo, abre-te” de todas as portas. Não te-lo, é ser escravo. Daí a furia moderna na luta pelo petroleo. O livro de Essad Bey revela tudo isso do modo mais impressionante [1].
A base do poder dos Estados Unidos está sobretudo no petroleo. Arrancam do seio da terra quasi um bilhão de barris por ano, na maior parte consumidos lá — e nossa imaginação tonteia ao calcular o que tamanha onda de oleo, transfeita em energia mecanica, representa para a economía daquele povo.
”Qui aura le pétrole aura l'Empire”, escreveu Henry Bérenger na nota diplomatica que em 1928 endereçou a Clemenceau, nas vesperas da con-
- ↑ ”A Luta pelo Petroleo”, tradução de Ch. Frankie e Monteiro Lobato.