O Escandalo do Petroleo
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espessura da diabase e portanto nos esclareceria sobre o que fazer — parar ou continuar.

Entrei em entendimentos com entidades europeias que vinham ao caso, e depois de muitas negociações obtive uma oferta excepcionalmente vantajosa. Um grupo tecnico-financeiro alemão interessou-se pelo problema e apresentou uma proposta que resolveria tudo. Esse grupo propunha-se a financiar todos os trabalhos de perfuração da Cia. Petroleos e das outras empresas paulistas, a abrir quantos poços fossem necessarios, a montar refinarias, a construir oleodutos e o mais relativo á criação da industria petrolifera, tudo a ser pago por meio de porcentagem do oleo produzido. Nenhuma interferencia na vida das companhias. Nenhuma exigencia de controle. Apenas prestação de serviços tecnicos e fornecimentos de material, a serem pagos com porcentagem do produto obtido. Isso asseguraria a vitoria de todas as companhias, sempre em luta com falta de dinheiro e de tecnica.

Uma coisa, entretanto, era exigida como condição sine qua non: o levantamento geofisico das zonas onde operavam as companhias, feito pela entidade da confiança do grupo: a ELBOF, seção da firma Piepmeyer & Cia., de Cassel, Alemanha. Se os estudos da ELBOF resultassem positivos, indicando probabilidades de petroleo em quantidades comerciais, entraria em vigor o contrato de financiamento.