sou um louco!... Estêvão há de compreender-me, e perdoar-me! É preciso!... Ainda que destrua metade do que tenho feito!... (cogita)
CENA V
SAMUEL e FR. PEDRO.
FR. PEDRO (para dentro a José Basílio.) – Não o deixeis; no estado em que está pode praticar um ato de desespero. (José Basílio recolhe-se.)
SAMUEL (erguendo a cabeça.) – Que horas serão, frei Pedro?
FR. PEDRO – Devem ser mais de três. (chegando-se à janela.) O oriente começa a empalidecer.
SAMUEL (sombrio.) – É a aurora do dia 14 de novembro que vem anunciar a proscrição da companhia de Jesus. O sol que vai raiar verá nossa ruína.
FR. PEDRO – Como?... Perdestes a esperança?... Não me havíeis dito que estávamos salvos?
SAMUEL – Enganei-me, frei Pedro. Julguei que setenta e