ESTÊVÃO – José Basílio!... Não me acuses! Não me julgues ingrato!
JOSÉ BASÍLIO – Lamento-te; não tenho o direito de acusar, Estêvão.
ESTÊVÃO – Vou abrir-te minha alma. Ouve e julga-me. Sabes o respeito e a admiração que voto ao homem que me recolheu como um filho, quando meus pais me atiraram à rua como um fardo inútil. Ele tem sido para mim, mais do que um amigo ou protetor, mais do que uma família: Também o que eu sentia não era amor, era um culto. Sua vontade era a minha lei; quando há dois anos comunicou-me seu desejo de que eu entrasse na companhia de Jesus logo que terminassem os meus estudos; recebi essa nova com a mesma satisfação que tinha sempre que podia cumprir uma ordem sua.
JOSÉ BASÍLIO – E eu alegrei-me com a esperança de que a minha cela ia receber a outra metade de minha alma que andava erradia pelo mundo.
ESTÊVÃO – À mim também sorriu esta esperança. Mas então... Perdoa-me, José Basílio! Então o coração não havia despertado; o horizonte da vida