CENA VIII
ESTÊVÃO e CONSTANÇA.
CONSTANÇA – Não me quer dizer, adeus; Estêvão?
ESTÊVÃO – Constança!... Depois, do que se acaba de passar?... Não me despreza então?... Não me olha como um ente vil e infame?
CONSTANÇA – Somos irmãos pela desgraça e pelo coração.
ESTÊVÃO – Que bem me fazem suas palavras! Sinto que não estou louco, porque ainda a amo! Sinto que vivo porque sua voz ainda faz estremecer as fibras do meu corpo. Adeus, adeus, Constança.
CONSTANÇA – Para sempre?
ESTÊVÃO – Não!... Qualquer que seja esse cruel destino que pesa sobre mim, qualquer que seja o mistério que me envolve; só tenho consciência de uma cousa: sou livre, dei-lhe minha existência: feliz ou desgraçada, ela pertence-lhe. Espere-me, pois, espere-me sempre!... Se eu não puder viver em seus braços, juro que virei morrer a seus pés!