O MANDARIM
167

 

Parei: e de braços erguidos, fallando ás arcadas do claustro, ás arvores, ao ar silencioso e fino que me envolvia:

— Ti-Chin-Fú! — bradei. - Ti-Chin-Fú! Para te aplacar, fiz o que era racional, generoso e logico! Estás emfim satisfeito, letrado veneravel, tu, o teu gentil papagaio, a tua pança official? Falla-me! Falla-me!...

Escutei, olhei: a roldana do poço, áquella hora do meio-dia, rangia devagar, no pateo: sob as amoreiras, ao longo da arcaria do claustro, seccavam em papel de sêda as folhas de chá da colheita d’outubro: da porta meio cerrada da aula vinha um susurro lento de declinações latinas: era uma paz severa, feita da simplicidade das occupações, da honestidade dos estudos, do ar pastoril d’aquella colina, on-