O MANDARIM
27

 

certo foi acordar sóes que faziam né-né e planetas pançudos resonando sobre os seus eixos...

O individuo levou um dedo á palpebra, e limpando a lagrima que ennevoára um instante o seu olho rutilante:

— Pobre Ti-Chin-Fú!...

— Morreu?

— Estava no seu jardim, socegado, armando, para o lançar ao ar, um papagaio de papel, no passatempo honesto d’um Mandarim retirado, — quando o surprehendeu este ti-li-tim da campainha. Agora jaz á beira d’um arroio cantante, todo vestido de sêda amarella, morto, de pança ao ar, sobre a relva verde: e nos braços frios tem o seu papagaio de papel, que parece tão morto como elle. Ámanhã são os funeraes. Que a sabedoria de Confucio, penetrando-o, ajude a bem emigrar a sua alma!