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O MANDARIM
um pedaço de pão sem imaginar immediatamente o bando faminto de criancinhas, a descendencia de Ti-Chin-Fú, penando, como passarinhos implumes que abrem debalde o bico e piam em ninho abandonado; se me abafava no meu paletot era logo a visão de desgraçadas senhoras, mimosas outr’ora de tepido conforto chinez, hoje rôxas de frio, sob andrajos de velhas sêdas, por uma manhã de neve; o tecto d’ebano do meu palacete lembrava-me a familia do Mandarim, dormindo á beira dos canaes, farejada pelos cães; e o meu coupé bem forrado fazia-me arripiar á idéa das longas caminhadas errantes, por estradas encharcadas, sob um duro inverno asiatico...
O que eu soffria! — E era o tempo em que a populaça invejosa vinha pas-