o pe no mato pé no caminho. Dos casebres do Barro o que logo se mostra aos olhos do viandante são mulheres metediças, com as cabeças cobertas com flores, os cabeções arrendados e decotados, os seios quasi de fóra. Costumes dos povoados onde ainda não tiveram grande entrada o trabalho e a instrucção.
Passando-se por Goyanna ouve-se d'aqui uma trompa, d'alli um baixo, adiante um piston, além um tromboni, uma clarineta, uma flauta, um assobio, uma harmonia ou uma melodia qualquer, e não se vê sala nem corredor que não tenha nas paredes uma, duas ou tres ordens de gaiolas com passarinhos cantadores e chilreadores. Ha ahi o instincto musico da Bohemia.
Quem atravessa Pasmado pela primeira vez tem a illusão de que todas as arapongas da mata proxima estão alli a soltar seus estridulos accentos. Mas logo vê homens tisnados batendo com o martello sobre a bigorna, folles assopradores, carvões ardentes e flammejantes. Então a illusão muda. O que parece é que todas as forjas de Vulcano foram transportadas para aquelle immenso laboratorio de instrumentos mais destruidores do que conservadores da vida e do socego alheio.