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ser atirado a horrorosa prisão. O capitão André Dias de Figueiredo foi talvez preso como cúmplice, unicamente por Ter por nome o mesmo que o do juiz ordinário que em 1666 intimou ao governador Mendonça Furtado a ordem de prisão em nome do rei. Enfim, foram tantos os excessos do governador Caldas, agora mandando abrir devassas, agora ordenando prisões indevidas; ora estabelecendo presídios, como fez em S.Lourenço-da-mata e em Santo_Antão, ora determinando que o povo fosse desarmado sem ter em atenção sequer estar iminente a invasão francesa, segundo acertadamente pondera o nosso cronista, que, antes do dia 5 de novembro, em que devia romper a revolução, rebentou esta por ocasião de pretender o capitão João da Mota prender o capitão-mór de Santo-Antão Pedro Ribeiro da Silva. Foi em 2 do dito mês que, em lugar de Mota prender Ribeiro quando este ia ouvir missa na matriz, o sitiou ele em seu próprio presidio e o obrigou a capitular com a condição de não voltar ao Recife enquanto o povo, que tratava de reunir-se, não descesse a atacar a vila novamente criada. Enfim, no Domingo (10 de novembro) uma multidão passante de 2.000 matutos tomou o