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onde foi a casa-de-vivenda — sobrado acaçapado de telhado enegrecido, que, por muito alto no centro, era a primeira parte da casa que se via de longe acima dos matos, com seis janelas quadradas, entre as quais se rasgava a porta, para onde se subia por uma escada de tijolos grosseiros — existe hoje seguramente uma renque de sicupiras colossais, cuja folhagem enche os vãos das duas salas fronteiras — uma reservada aos hospedes, a outra à família — agora desaparecidas. Mais para o centro, no lugar dos aposentos interiores, floresce o amarelo, o páo-d’arco, o jatobá. Na casa-de-purgar, que devia ficar à esquerda, nasceram cedros, que se mostram gigantes, cobertos de cipós, que, entrelaçando-se com a vegetação circunvizinha, formam galerias e abobadas naturais, onde não penetra luz e se acoitam durante o dia aves noturnas e cobras venenosas. À direita, no lugar da capela, é agora uma elevaçãosita, de que se atiram aos ares uns sambaquis, umas maniçóbas, uns marmeleiros, umas cabuatãs, cujos ramos e folhas se entretecortam e amigam. Por onde corria a rua dos negros, composta de vinte a vinte e cinco casinhas de cada lado, vêm-se adjuntos de embiribas