Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/167

que recebera de André da Cunha, morador em Olinda.

“Eis o extremo a que chegamos. Os mascates em armas, senhores do porto, das fortalezas e agora do governo, visto que tem o bispo guardado por 150 soldados e às ordens deles, tudo podem contra nós, enquanto nós muito pouco ou coisa nenhuma podemos contra eles. Se o bispo tivesse espirito, ou se o seu espirito fosse tão grande como é o seu coração, certo as coisas presentes seriam para nós pequenas. Mas é fraco e entende pouco de estratégias e ciladas. Que força se pode esperar de um governador que se deixou cair, por moleza, nas mãos dos seus próprios inimigos?”

— Que havia de fazer ele? inquiriu Matias Vidal. Aquele feixe de virtudes não é para semelhantes lutas.

— É isto exatamente o que escreve André respondeu João da Cunha.

E prosseguiu a leitura:

“Enfim o Recife está cercado de trincheiras, fortemente guarnecidas de gente e providas de munições de guerra.

“ Como não tenho certeza de que esta vá Ter às