e achava-se ao pé de Lourenço, com a catana levantada contra o rapaz. Mas ainda bem não erguia o braço armado, quando um homem, saído, como ele, violentamente dentre os circunstantes, se interpunha entre o agressor e o agredido, tendo na mão fora da bainha a faca que trazia ao cós. O homem não era outro senão Francisco.
Cessaram imediatamente as vozes dos cantores e instrumentos, e todas as vistas e atenções concentraram-se no ponto do conflito.
— Que ação é esta, seu Tunda-Cumbe? perguntou Francisco a Manoel Gonçalves. O que vosmecê fizer a meu filho, terá feito a mim mesmo. O que eu quero é que me digam o motivo deste barulho, disse Victorino apresentando-se.
— É que este menino ainda não achou quem lhe desse o ensino de que precisa, respondeu Manoel Gonçalves.
— O que eu quero saber é o motivo do barulho, repetiu Victorino.
— Você o saberá quando for tempo. Palavra de Manoel Gonçalves Tunda-Cumbe.
Lourenço, que até então guardara silêncio, rugiu a meia voz: