por atacado a que encontram. A razão do alto preço da fazenda é porque são eles os que a vendem.
Vai por estes dias à praça o engenho de Martins por execução que lhe move o Porto, disse Felipe Cavalcanti. Por um ano que Porto levou a suprir o engenho de Martins, fez-se credor deste em avultada quantia. Absorveu-lhe três ou quatro safras, e por fim, não contente com este resultado ainda, propôs-lhe ação em juízo e o obriga agora a dar o engenho a pagamento. Entretanto, observou Cosme Bezerra, Porto está rico. O açúcar, que recebia do Martins, em pagamento, a 400 réis a arroba, remetia a seus correspondentes na Europa à razão de 1$400.
— Só por este modo poderia ele abrir os dois importantes armazéns que estabeleceu no Beco-do-pavão, observou Jorge Cavalcanti.
— E que é feito de Martins? Perguntou um.
— Está pobre, e é hoje meu lavrador, respondeu Matias Vidal.
— E não havemos de pegar em armas contra os mascates! Exclamou Cosme Bezerra.
Foi neste ponto interrompida a conversação