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unida à Paraíba, veio desta Pedro de Melo eleito capitão-mór daquela. Feita a junção em Pedras-de-fogo, tomam posse com ele em Goiana os oficiais da nova câmara, distribuem-se lugares aos mais esforçados cabos da rebelião, constitui-se enfim o governo da vila independente do de Pernambuco. Pedro de Melo entra no exercício do seu lugar com toda a solenidade do estilo. Sai da igreja do Carmo para a casa da câmara debaixo do palio, acompanhado dos camaristas, tão legítimos como ele, e dos frades carmelitas, executores das ordens dos da recoleta do Recife. A vila, achando-se desguarnecida de força militar, visto que a que havia tinha ido atacar o rancho do Sipó, no pressuposto de surpreender aí o Tunda-Cumbe, viu-se obrigada a aceitar este desatino quase a portas fechadas. E o intruso e ilegítimo governo se consolidaria talvez, sustentado por Maia, se logo depois da sua posse, em 14 de julho, não tivesse chegado a guarnição incumbida da diligencia e ao mesmo tempo as forças legais mandadas de Olinda para impedir que seguissem os revoltosos e dissolver o governo intruso. Estas forças vinham comandadas pelo ajudante Bernardo de Alemão e Mendonça, o