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contra uns sobrinhos do alfaiate que moravam desse lado.

Manoel do Ó, que não obstante a sua avançada idade tinha ainda grandes espíritos e não perdia de vista os passos de Maia, saiu logo com sua gente; e pois na véspera de noite seu filho Anacleto do Espirito-Santo, que chegara do Limoeiro, aonde tinha ido a destrocar uns cavalos, lhe dissera ter visto aí o Tunda-Cumbe, não pensou em proteger a retaguarda, até porque, sendo muito numeroso o concurso dos agressores, toda a gente viu-se obrigada a empenhar-se em lhe fazer frente.

Este foi o seu mal, porque momentos depois teve a retaguarda atacada por forças não menos numerosas que as de Luiz Soares. Foi o caso que, tendo-se entendido Maia previamente por carta com Antonio Coelho e concertado com ele o ataque ao obstáculo comum, não se fizera esperar do lado de Goiana o reforço do Tunda-Cumbe.

Vendo-se entre dois fogos o povo de Manoel do Ó, não houve esforço que não empregasse para romper qualquer dos lados, nem atos de bravura que não praticasse, a fim de levar a melhor aos agressores. Tudo porém