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de escursar-me, posto que são muitos os obsequios e as attenções que me prendem ao sargento-mór. Mas infelizmente não é assim; e o sargento-mór foi portador de uma carta em que o bispo supplica que eu vá pacificar os animos daquelle povo; e de lá siga até os limites da Parahyba com o mesmo fim. Alguem no meu caso recusaria este favor ao seu prelado e ao seu amigo? Ninguem. Pois eu acabo de recusar, quando já estava determinado a pratical-o. Sabes porque recuei? Escuta lá, Marcellina. Não viste hoje de tarde sahir de lá de casa um frade carmelita?

— Não vi, mas Lourenço me disse.

— Era o prior do convento do Carmo. Veio de proposito—vê lá tu como as coisas se ajuntam—com uma carta, antes ordem da recoleta do Recife, exigindo que eu sem perda de tempo me dirija a Parahyba a fim de levantar os animos do capitão-mór João da Maia, que começam a resfriar. Esta providencia foi resolvida pelo padre João da Costa, a quem devo grandes beneficios, e pelos drs. Ferreira Castro e Mendes de Aragão, conselheiros do governo dos mascates. Não contentes com incumbir-me deste gravissimo mister, exigem que eu me ponha a caminho de hoje para