Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/392

a que devia tantos sucessos felizes no período de agitação de que se trata, concebeu logo ele um projeto de oposição.

— Um cavalo já para Lourenço.

E voltando-se para o rapaz, disse-lhe:

— Tu me acompanharás. Não preciso de mais ninguém.

— Aonde tencionais ir, Cosme? perguntou Filipe Cavalcanti.

— Vou a Jorge Cavalcanti, que já pode abandonar a sua fortificação, visto que as forças inimigas, a que ele pretendia impedir a entrada, já estão tomando conta da vila. Lourenço correrá ao Tanquinho a dizer a Manoel de Lacerda que venha em nosso socorro. Com a gente que cada um destes amigos tiver junta, bateremos esses bandidos. Só o que desejo me façais, João da Cunha, é que sustenteis a resistência até que eu chegue. Bastam-me cinquenta, quarenta, vinte goianistas da gema para levar estes salteadores a panos de espada, este canalha a patas de cavalo. Em menos de dois minutos, Cosme e Lourenço, tomando pela Rua-do-meio, corriam à desfilada. O momento era decisivo.

Chegando à sala, Filipe Cavalcanti, Luiz Vidal e João da Cunha deram com um espetáculo