— Faça boa viagem, Francisco, disse um deles. Mas fique certo de que você leva sarna para se coçar. Olhe, não se arrependa.
— A criança é de estouro — acrescentou outro.
— Deus é quem sabe. Muita vez não há de ser assim.
Francisco saltou sobre a garupa do cavalo onde estava Lourenço, que só faltou arrebentar de fúria para a qual não há qualificação possível.
Victorino, imitando o companheiro, montou no outro animal. Com pouco desapareceram na escuridão.
Francisco ia ruminando consigo em silencio estas idéias:
— Não tenho filho. Tratarei deste desgraçado que não tem quem por ele se doa. Farei conta que é meu filho. Espero em Deus que me há de ajudar a fazer dele um homem que sirva a gente.
Sem saber explicar como nem porque, Francisco sentia-se satisfeito com o presente que levava à sua mulher, não obstante os prantos e os uivos de que Lourenço ia enchendo o caminho no ultimo desespero.