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— Pobre senhora! exclamou a cabocla em lagrimas. Que não fará com ella o barbaro?

Seriam então oito horas da manhã. O dia, risonho e esplendido, appareceu aos olhos da cabocla como a carranca de um malvado. A viração, que brincava com as folhas dos mamoeiros dos quintaes, soou a seus ouvidos como a ameaça de um assassino, o riso infernal de um demonio.

Marcellina tinha até certo ponto razão deixando formar-se em seu espirito esta illusão mentirosa. Era geral o destroço, lugubre o espectaculo que seus olhos descobriram na rua. Homens de feia catadura passavam carregados dos despojos da noite. Outros agora é que iam a colher os fructos que sabe a pilhagem descobrir no meio do desamparo, e por entre as lagrimas dos afflictos. Dos armazens, onde alguns senhores-de-engenho tinham recolhidos seus assucares, sahiam sujeitos maltrapilhos arrastando saccos e caixas, que deixavam pelas calçadas rastilhos brancos ou amarellados. Varios troços da força de Luiz Soares, tanto que fôra conhecida a victoria, espalhavam-se derribando as portas de novos armazens, invadindo as casas de familias affeiçoadas á nobreza que tinham fugido para