da tribo mundurucu. Saberá V. M.ce que meu avó era tuxaua, valente, e governava todo o Carumã.
— Pois vai-te queixar ao bispo, dissera-lhe o Costa e Silva.
O bispo estava muito longe, lá para as bandas do Amazonas, e não valia a pena. Então o Felisberto declarou que pediria a S. Rev.ma, padre Antônio, que quando fosse para esses lados, falasse por ele ao bispo, para acabar com a ladroeira da família Labareda, que estava tirando dos pobres tapuios o suor do seu rosto, que lhes custava tanto a ganhar trabalhando no sertão e arriscando a sua vida para colher o guaraná para aquela família de unhas-de-fome. O Costa ficou muito admirado e perguntou:
— Que padre Antônio é esse?
— É S. Rev.ma, padre santo muito bom, que se chama padre Antônio de Morais.
— E tu conheces a padre Antônio de Morais, mentiroso? disse o Costa e Silva.