e não eram missinhas à-toa, não eram porcarias, eram missas que importavam em quantia graúda, um horror de dinheiro capaz de saldar todas as contas de S.Rev.ma. O senhor vigário mandara-o entender-se com o empreiteiro das obras da Matriz, e lhe dissera uma coisa que ia brevemente acontecer ao Chico Fidêncio, em relação à irmandade do Santíssimo Sacramento. Não mentia, tinha horror à mentira, era um pecado mortal. Mas para conciliar a consciência com as conveniências, Macário tinha o macavelismo. Um meio astucioso de tudo fazer e dizer sem ferir de frente as conveniências e a verdade, sem desmoralizar-se, sem pecar, eis que era o macavelismo. Donde viera a palavra não sabia, nem lhe importava. Sabia apenas ter existido outrora um espertalhão chamado Maquiavel, ou Macavel, conforme melhor lhe parecia a pronúncia, e ouvira dizer que Bismark e o conselheiro Zacarias tinham muito macavelismo; gostara do termo e o adotara para seu uso.
Mas agora, era outra coisa. O novo