em algum tempo tiver de responder pelos meus atos, o ouro justificar-me-á e serei limpo de culpa. As leis criminais fizeram-se para os pobres...


Cena II

Entra Florência vestida de preto, como quem vai a festa.


FLORÊNCIA, entrando — Ainda despido, Sr. Ambrósio ?

AMBRÓSIO — É cedo. (Vendo o relógio:) São nove horas, e o Ofício de Ramos principia às dez e meia.

FLORÊNCIA — É preciso ir mais cedo para tomarmos lugar.

AMBRÓSIO — Para tudo há tempo. Ora dize-me, minha bela Florência...

FLORÊNCIA — O quê, meu Ambrosinho ?

AMBRÓSIO — O quê pensa tua filha do nosso projeto ?

FLORÊNCIA — O que pensa não sei eu, nem disso se me dá; quero eu - basta. E é seu dever obedecer.

AMBRÓSIO