mostrou-se com grande desejo de ir passar um dia e uma noite com um primo seu, que morava na vila e a que de fato era sumamente afeiçoado, e para esse fim pediu permissão a seus pais. Estes, vendo o estado de tristeza e abatimento em que ia caindo seu filho, e considerando que aquele passeio poderia ser uma salutar distração para fazê-lo esquecer-se de Margarida, não ousaram negar a permissão pedida; antes a concederam com sumo gosto, e até o autorizaram a ficar na vila os dias que quisesse.
À tardinha desse mesmo dia, o rapaz montou a cavalo, e tomou o caminho da vila, mas lá não chegou. O caminho, que se dirigia da fazenda de Antunes para a vila Tamanduá, ia ganhar a estrada real meia légua além da casa de Umbelina, pela frente da qual, como já sabemos, passava essa mesma estrada. Apenas Eugênio nela entrou, colheu as rédeas ao animal, retardando-lhe o passo o mais que podia. Quando porém a noite de todo se fechou, voltou de súbito as rédeas, e voltando a galope pela estrada real voou direito à casa de Umbelina.
Pretendia ali passar a noite, enquanto durassem os divertimentos, findos os quais montaria de novo a cavalo e viria amanhecer na vila.