grito de alegre surpresa, e veio imediatamente colocar-se ao pé dele, fez com que logo cobrasse ânimo e presença de espírito, e tomasse assento na roda com todo o desembaraço.
Atraídos pela beleza de Margarida, como dissemos, alguns rapazes freqüentavam a casa de Umbelina, e lhe requestavam a filha. Esta, porém, não lhes dava a mínima atenção, e em sua cândida inocência nem mesmo suspeitava o verdadeiro motivo, por que tanto a festejavam.
Entre esses aspirantes ao amor da rapariga, o que mais padecia era um certo rapaz por nome Luciano. Era um moço que teria a rigor os seus vinte e cinco anos, de bonita e agradável presença, tropeiro bem principiado, que já tinha alguns lotes de burros no caminho do Rio, e que além de tudo se tinha em grande conta de bonito, de rico e de bem nascido, pelo que não deixava de ser sumamente ridículo, quando não era insolente e malcriado.
Cheio de si olhava os demais pretendentes por cima dos ombros, e sorria-se deles no íntimo da alma com desdém e compaixão, porque estava profundamente convencido que ninguém mais do que ele estava no caso de merecer a preferência