— Está com efeito um mocetão o Sr. Eugeninho!... há de dar um bonito padre.

O estudante olhou para Margarida como quem dizia - nunca! corou e abaixou os olhos sorrindo tristemente, como o faria a mais pudica donzela. Aquele cumprimento de bonito padre, que lhe era lançado em face ali, em presença de Margarida, causou-lhe uma estranha e desagradável impressão.

— É isso mesmo - continuou Umbelina em ar de gracejo -, já não conhece os seus amigos velhos ou daqui a pouco é senhor padre, senhor vigário, e nem há de querer mais olhar para a gente, não é assim, senhor Eugeninho?

— Não diga isso nem brincando, tia Umbelina - replicou Eugênio cada vez mais enfiado. - Deus me livre de fazer pouco caso de ninguém, quanto mais da gente de casa de quem eu tinha tanta saudade. O que me admira é ver a dona Margarida como cresceu tanto e ficou moça tão depressa.

— Toma lá, menina! - exclamou Umbelina dando uma risada; - está-te dando de dona!... que dizia eu?... para ele já somos como gente estranha. Já se esqueceu que ainda o outro dia brincavam juntos?... deixemo-nos de donas aqui,