o capitão Marcos Fragoso, filho do velho coronel, o mesmo que tinha livrado da golilha á seu antigo accostado. Vinha elle de passar na Rua Nova pela casa do capitão-mór, onde vira ao balcão da janella D. Flor, cuja belleza o captivara. Sabendo que Aleixo era da casa, encommendou-lhe que nessa mesma tarde fosse ao Carmo, onde elle morava, para levar á donzella uma prenda com seus recados de amor.
Os olhos de Moirão, não tendo mais que abrir, começaram a esbugalhar.
— Que podia recusar Aleixo ao homem que o livrara da infamia e talvez da morte ?
— Da infamia, atalhou Moirão vivamente, que a morte é uma topada : trás-zaz e está numa pessoa descançada.
— Quanto era seu, Aleixo Vargas, podia e devia dal-o ao capitão Marcos Fragoso, si o exigisse ; mas não aquillo que não lhe pertencia. Era assoldadado do capitão-mór Campello; seus serviços pertenciam á elle, e so á elle, que lhe pagava. Não tinha licença de empregar-se às ordens de outro e para faltar com o respeito á filha donzella de seu patrão.
Moirão ficou um momento aturdido com estas