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ROSARIO.
Era por formosa manhã de dezembro, a terceira que raiava depois da chegada do fazendeiro á sua casa da Oiticica.
Assomando sôbre o capitel da floresta erguida no oriente como o portico do deserto, o sol coroado da magnificencia tropical dardejava o olhar brilhante e magestoso pela terra, que se toucara de toda a sua louçania para receber no thalamo da creação ao rei da luz.
Na umbria da serra e da espessa matta que a cinge, a fazenda ainda permanece no crepusculo da alvorada, quando ja o dia fulgura pelas varzeas e campinas d'alem.
Mas ao fluxo da luz, que sobe e a inunda como a corrente de um rio caudal, aquella zona ensombrada vai rapidamente immergindo-se nos esplendores da aurora.