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o sertanejo

mortalha livida e poenta os esqueletos das arvores, enfileirados uns apoz outros como uma lugubre procissão de mortos.

     Apenas ao longe se destaca a folhagem de uma oiticica, de um joazeiro ou de outra arvore vivaz do sertão, que elevando a sua copa virente por sobre aquella devastação profunda, parece o derradeiro arranco da seiva da terra exhausta a remontar ao céo.

     Estes ares em outra epoca povoados do turbilhões de passaros loquazes, cuja brilhante plumagem rutilava aos raios do sol, agora ermos e mudos como a terra, são apenas cortados pelo vôo pesado dos urubús que farejam a carniça.

     Às vezes ouve-se o crepitar dos gravetos. São as reses que vagam por esta sombra de matto, e que vão cahir mais longe, queimadas pela sede abrazadora ainda mais do que inanidas pela fome. Verdadeiros espectros, essas carcaças que se movem ainda aos ultimos arquejos da vida, inspiraram outrora as lendas sertanistas dos bois encantados, que os antigos vaqueiros, deitados ao relento no terreiro da fazenda, contavam aos rapazes nas noites do luar.

     Quem pela primeira vez percorre o sertão nessa