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o sertanejo

as armas da Egreja, e obriga-lo á sahir do mato onde se encafuara.

     A' esse tempo chegou Arnaldo á várzea. Colhendo na passagem a nova do que havia, enrolou no braço direito o gibão de couro e com a faca desembainhada investiu para o mato, onde penetrou e desappareceu.

     Foi um instante de ansiedade para os que ali se achavam. Arrependidos uns de não terem acompanhado o destemido rapaz, outros de não haverem obstado aquella temeridade, aguardavam o desfecho do estranho accidente.

     João Coité, convencido de que Arnaldo já estava embruxado pelo velho, preparava-se para algum acontecimento e por causa das duvidas tinha o polegar á altura da testa promto para benzer-se.

     O Quinquim da Amancia, que lembrara-se do lobis-homem, fez com a vara de ferrão um grande signo-salomão e saltou dentro, no que o acompanharam todos os rapazes, crentes de que assim ficavam preservados de virarem raposas.

     — O que é ? o que é ? gritou o Manuel Abreu ? que chegava com o resto de sua gente.

     Nessa occasião ramalhou o mato ; logo depois