nara a fazenda ; e tornando nós com o favor de Deus á nossa casa no sabbado, só hoje ao quarto dia de nossa chegada nos apparece. Que quer isto dizer, Arnaldo ?
— Tambem andei em viagem ; respondeu o mancebo concisamente, mas com mostras de respeito.
— Sua obrigação era ficar na Oiticica, d'onde ninguem se arreda sem nossa licença.
— Uma vez já pedi permissão ao sr. capitão-mór para dizer-lhe que eu não pertenço ao serviço da fazenda. Não sei lidar com os homens ; cada um tem seu genio : o meu é para viver no mato.
Tornou o Campello ainda mais fechado :
— Quer dar em bandoleiro, como esses que ahi andam ao cosso pelo sertão, acabando o gado das fazendas, à fiusa de matar barbatão, e praticando toda casta de maldades em suas correrias ?
Arnaldo ergueu a fronte com um assomo de escandalo contra a injuriosa suspeita.
— O sr. capitão-mór não póde temer isso de mim. Conhece-me bem.
— Conheço, disse o velho fazendeiro, descançando solemnemente a larga mão sobre o hombro do rapaz, á título de reparação da injustiça.