o sertanejo
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     — Si fossomos conversar com a rapariga. Topam ?

     — Depois da ceia, Aleixo Vargas !

     Antes de ouvir o nome do Mourão, já Arnaldo o tinha reconhecido pela voz, o que não lhe causou sorpreza ; antes confirmara a sua conjectura.

     Quando o Corisco recuando affastou a matilha para longe, o sertanejo que já havia tomado o lado opposto, acercou-se da caza com a cautela necessaria para não ser pressentido. Era facil empreza, pois o arvoredo prolongava-se até perto do terreiro.

     Da sala principal, que abria para a varanda, escapava-se o rumor de fallas alegres, e de risos festivos, intermeados com o tinir dos pratos e o triscar dos copos.

     Pela janella do outão pôde Arnaldo observar de longe o interior.

     O capitão Marcos Fragoso banqueteava-se com seus hospedes. As viandas já em parte consumidas indicavam que a ceia estava a terminar ; e efectivamente os pagens não tardaram em servir o desser, no qual entre os figos, passas e nozes do reino trazidas do Recife com a bagagem, figu-