— E o Arnaldo ?
— Esse não se conta ; desde o dia em que o sr. capitão-mór sahiu de jornada, que elle tambem desappareceu da fazenda.
— Ah ! Então é que pediu-nos licença, e nós lh'a concedemos.
— Com certeza que hade-tel-la pedido ; accrescentou o Agrella.
Descarregou o capitão-mór no feitor um olhar que o aturdiu:
— Manoel Abreu, chegamos e vimos achar o fogo nas mattas da Oiticica á meia legoa de nossa casa ; e ninguem na fazenda soube, nem acodiu em tempo. Como foi isto, Manuel Abreu ?
— Com licença do sr. capitão-mór, saberá vossa senhoria que eu não sei. Ainda não estou em mim com um caso destes !
— Pois amanhã hade estar averiguado quem foi o causador do incendio, para lhe ser lançado conforme a culpa.
Dirigiu-se o fazendeiro ao portico da casa, cujos degráos subiu, para entrar na sala pintada de florões a fresco pelo tecto e pelas paredes, e guarnecida de moveis de jacarandá forrados de moscovia com taxas de prata.