VIII

DOS AMIGOS.

     Concluira Moirão sua grave occupação e acendendo o cachimbo preparava-se á fazer o chylo com igual pachorra.

     Recostou-se afinal ao tronco da arvore, soltando uma baforada de fumo que o envolveu como uma nuvem densa.

     — Então, Arnaldo, como foi isto por cá, amigo ? Secca muita, já se sabe ! Olhe, digam vocês o que quizerem, isto não é terra de cristão.

     — De cristão é que ella é, Aleixo Vargas ; pois ao cristão ensinou o divino mestre a paciencia e o trabalho. Para quem não serve a minha terra é para aquelles que não apprendem com ella á ser fortes e corajosos.

     — Pois é coisa que se aprenda, morrer de fome e de sede ainda mais ?

     — Tudo aprende o homem, quando não lhe falta coragem. O cavallo deste sertão de Quixe-