Marcos Fragoso preparava-se para raptar a donzela que já lhe estava àquela hora destinada.

Nessa resolução partira êle para a montearia, e bem o demonstrara na conversa com seu primo Ourém.

Todavia absteve-se de comunicar-lhe o plano, e buscou desvanecer suspeitas suscitadas por suas alusões e ambiguidades. Além de não saber que pensaria o outro do projeto, não contava com a sua calma e dissimulação para guardar o segrêdo e não aventar desconfianças.

Fôra nestas disposições que sobreviera o incidente de Arnaldo. O seu gênio impetuoso, por muitos dias sofreado, prorrompera naquela explosão de ira, em que vazou todas as cóleras e irritações acumuladas desde a sua vinda a Quixeramobim.

Mas deixâmo-lo na touceira junto das carnaúbas, concentrado e a refletir.

O resultado dessas reflexões foi o que se devia esperar de um homem tão violentamente apaixonado como êle. Em poucas horas ia decidir da sorte de seu amor; de uma ou de outra forma, D. Flor lhe pertencia.

Devia por um arrebatamento imprudente comprometer