praticar as maiores estrepolias, e cometer temeridades que a todos enchiam de susto.

Arnáo, como o chamavam os pais nesse tempo, não estava um instante quieto: se não andava já empenhado em uma travessura, com certeza buscava o pretêsto para ela. Seus folguedos, porém, eram sempre coisas impróprias de seu tamanho, e que muitos com o dôbro de sua idade não se animariam a empreender.

Um macaco trepava aos últimos ramos de uma árvore, e de lá deixava-se cair, segurando-se pela cauda. Arnaldo assentava de pular como êle de ramo em ramo, e despencava-se do alto. A mãe o metia em panos de sal, e dava-lhe a beber um cozimento de angico; no dia seguinte já êle estava ruminando outra.

Ora metia-se a parar a bolandeira tangida com fôrça, e rodava pelos ares; ora quando a mãe o mandava apanhar gravetos, carregava às costas um grosso toro de sábia, que o atirava ao chão em risco de esmagá-lo; em outra ocasião era o bode em que êle montava, e lá se ia pelos precipícios e desfiladeiros a divertir-se dos sustos da Justa.

Ninguém podia com êle. A mãe com seus ralhos