que usava com a gente da fazenda. Mas assim era preciso, e assim havia de ser.

Nunca a sua proteção faltaria a Arnaldo. Todos os sacrifícios ela os faria, sendo necessário, para poupar-lhe um desgôsto, e auxiliá-lo nos trabalhos da vida. O que vedava-lhe o seu decôro, era a confiança e familiaridade, em que até alí havia consentido com tamanha imprudência.

A resolução da donzela e o esfôrço que lhe tinha custado, refletiam-se em sua fisionomia severa e altiva, quando ao toque de ave-maria, ela saíu ao terreiro e foi beijar a mão dos pais.

Arnaldo a seguira com os olhos cheios d’alma. A donzela ao voltar-se o avistara; mas desviou dele a vista, sem a menor perturbação ou sobressalto, com uma indiferença plácida e fria, que traspassou o coração do sertanejo.

Adivinhou que Flor acabava de separar-se dele para sempre.

Depois de Trindades, D. Genoveva chamou a filha e levou-a à presença do capitão-mór, que esperava sentado no canapé.

— D. Flor, minha filha, a senhora chegou à idade de tomar estado; e nossa obrigação, era procurar-lhe um marido, digno por suas prendas