— O sr. Agrela não me gosta; não sei a razão, nem a pergunto. Eu por mim não lhe quero mal, e espero que ainda havemos de ser amigos.

O ajudante comoveu-se com essa linguagem singela e nobre:

— Estimarei que assim aconteça.

— Mas não se trata de nós agora. A Oiticica vai ser atacada.

— Por quem? perguntou o ajudante surpreso.

— Pelo Marcos Fragoso.

— Como sabe?

— Sei; é quanto basta.

— Já avisou ao sr. capitão-mór?

— Não; e enm o avisarei.

— Por quê?

— Talvez me engane. Demais êsse Fragoiso é meu inimigo, e não posso denunciá-lo.

Agrela era homem para compreender semelhante suscetibilidade.

— Que devo eu fazer então? perguntou ao sertanejo.

— Voltar quanto antes.

— Conte comigo.

Os dois mancebos despediram-se. Eram duas almas nobres que sentiam-se atraídas pela estima recíproca;