Rosinha alerta e escutando ansiosa o tropel dos cavaleiros, como se os apressasse com seu anelo, voltou-se inquieta para o lado da casa, onde troou nesse momento a voz possante do capitão-mór Campelo, bradando:

— Meu bacamarte, D. Genoveva! O Jacaré!...

Então a cigana temendo que o fazendeiro acudisse a tempo de livrar a filha das garras do Fragoso, correu sôbre a donzela, travou-lhe do pulso, e quis arrastá-la ao encontro do trôço de cavaleiros.

A donzela recalcou a indignação que sublevava-lhe a alma nobre, e opôs à fôrça uma resistência passiva. Rosinha era mais robusta do que ela, mas nesse dia, prostrada como estava, não podia levá-la por violência.

Metendo a mão no corpete, sacou a cigana um punhalzinho da lâmina fina, como a aspa de um espartilho, e o brandiu sôbre a cabeça da donzela:

— Se não me acompanha, mato-a!

D. Flor respondeu-lhe com um soberbo gesto de desprêzo, e ficou a olhar desdenhosamente para a arma que a ameaçava. A cigana hesitou um instante; depois lembrou-se que ferindo a donzela,