de panasco os novilhos e garrotes mansos, que deitavam a correr pelo campo; mas o gado mocambeiro esgueirava-se pelas moitas, e escondia-se manhoso à vista dos vaqueiros.

Não era somente na terra, mas também no espaço que a vida sopitada durante a maior parte do ano, jorrava agora com uma energia admirável.

Havia festas nos ares: a festa suntuosa da natureza. No meio da orquestra concertada pelos cantos dos sabiás, das graúnas e das patativas, retiniam os clamores das maracanãs, os estrídulos das arapongas, e os gritos dos tiés e das araras.

Agora era um bando de jandaias que atravessava o espaço grasnando e ralhando, em demanda de outra carnaúba onde pousar. Passava depois a trinar uma multidãp de galos de campina, à cata do milhal; ou um enxame de chechéus que pousava em um jatobá sêco, e cobrindo-lhe os galhos mortos e nus de dôlhas, formava uma copa artificial com a sua luzida plumagem negra marchetada de ouro e púrpura.

As jaçanãs esvoaçavam por cima das lagoas e pousavam entre os juncos. Os currupiões brincavam nos galhos da cajazeira; e a industriosa colônia