de uma guerra de família, do que transformá-la em festa de bodas, e fazer dos inimigos parentes?

Fragoso, alvoroçado com as palavras do Ourém, e com a vista do emissário que parecia confirmá-las, recebia satisfeito essa alvíçaras; mas como acontece quando se alcança a realização de um desejo muitas vezes frustrado, o mancebo ainda vacilava emacreditar na sua felicidade.

— Quem lhe diz, primo Ourém, que essa carta do capitão-mór nos trará tão boa nova?

— Diz-me aquele altar que lá está armado, primo Fragoso. O capitão-mór é soberbo e também desconfiado, cede à intimação porque não tem outro remédio; mas quer fazer as coisas de modo que pareça que é êle quem ordena, guardando-se ao mesmo tempo de alguma futura logração.

— Cuida então que êle vai exigir de mim a condição de casar-me sem mais demora com a filha? tornou Fragoso a rir.

— Tenho-o como certo. Aquela carta é uma ordem, ou como diríamos em linguagem forense, um mandado cominatório para o capitão Marcos Antônio Fragoso comparecer incontinenti na oiticica a fim