— Que o sr. capitão-mór me deixe beijar sua mão; basta-me isso.

— Tu és um homem, e de hoje em diante quero que te chames Arnaldo Louredo Campelo.

Proferindo estas palavras em uma expansão de entusiasmo, o capitão-mór abraçou o sertanejo. Depois tomando a mão de Alina, deu-a ao Agrela.

— As bodas se farão, logo que se acabe o luto por nosso infeliz sobrinho Leandro Barbalho.

Foi cruel o desencanto de Alina quando ao tornar a si da comoção produzida pelo pedido de Arnaldo, sentiu sua mão na mão do Agrela. A linda moça fitou no sertanejo um olhar de mártir e suas pálpebras cerrando-se com uma expressão de dorida, pareciam desdobrar um sudário para velar a formosa estátua.

Agrela pressentira o que se passava n’alma de Alina, e soltando-lhe a mão, murmurou:

— Não se assuste, Alina. Juro que não aceitarei sua mão, enquanto não m’a der de sua livre vontade.

O capitão-mór e D. Genoveva recolheram-se à casa, onde os seguiu Alina; Agrela apertou a mão de Arnaldo e retirou-se também.

Era então ao pôr do sol.