passos para trás. Mas o sertanejo não se abalara da sela.

Ourém que observou de longe a cena repetia ao João Correia êstes versos de Camões:

Qual o touro cioso que se ensaia Para a erma peleja, os cornos tenta No tronco de um carvalho ou alta faia. E o ar ferindo, as fôrças experimenta.

Recolhendo a vara, Arnaldo dera liberdade ao cardão, que reatou a desfilada um instante suspensa pelo tope, e passou ao lado do sorubim, o qual também de seu lado prosseguia na investida.

Chegados ao extremo da corrida, ambos, o touro e o cavalo, voltaram-se rapidamente; pararam um instante, o touro a fazer pontaria, o cavalo a esperá-la, e partiram ambos como da primeira vez para novamente esbarrarem-se a meio da carreira.

Assim divertiu-se o sertanejo em excitar a sanha do touro furioso, e topá-lo na ponta da vara de ferrão. Depois de ter brincado com êle, como um gato com o ratinho, a quem deixa fugir por negaça e para ter o prazer de o filar outra vez, o rapaz em vez de recebê-lo na ponta do aguilhão,