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Como aos dias primeiros do universo,
O globo se erguerá banhado em luzes,
Reflexos de Deus;
E a raça humana sob um céo mais puro
Um hymno insigne enviará, prostrada
Aos pés do Omnipotente!
Irmãos todos serão; todos felizes;
Iguaes e bellos, sem senhor nem pêas,
Nem tyrannos e ferros!
O amor os unirá n’um laço estreito,
E o transito da vida uma romagem
Se tornará celeste!
A hora se approxima pouco a pouco;
O dedo do Senhor já volve a folha
Do livro do destino!...
Ergue-se a tela do theatro immenso,
E o mysterio infinito se desvenda
Do drama do Calvario!