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CHILD-HAROLD
SOBRE UMA PAGINA DE BYRON


Não te rias assim, oh! não te rias,
Basta de sonhos, de illusões fataes!
Minh’alma é núa, e do porvir ás luzes
Meus roxos labios sorrirão jamais!

Que pezar me consome! ah! não procures
Erguer a lousa de um pesar profundo,
Nem apalpares a materia livida,
E a lama impura que pernoita ao fundo!

Não são as flôres da ambição pisadas,
Não é a estrella de um porvir perdida...
Que esta cabeça coroou de sombras
E a tumba inclina ao despontar da vida!

É este enojo perenal, continuo,
Que em toda a parte me acompanha os passos,
E ao dia incende-me as arterias quentes,
Me aperta á noite nos mirrados braços!

São estas larvas de martyrio e dôres
— Socias constantes do judeu maldito! —
Em cuja testa, dos tufões crestada,
Labéo de fogo scintillava escripto!