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Que me não quer dar sahida;
Sejamos juntos na morte,
Pois o não somos na vida.
Oh quem me mandou casar,
Para ver tal crueldade!
Ninguem venda a liberdade,
Pois não póde resgatar
Onde não tẽe a vontade.
Que não ha mor desvario,
Que o forçado casamento
Por alcançar alto assento;
Que, emfim, todo o senhorio
Está no contentamento.
Não sei se o vá ver agora,
Se será tempo conforme,
Ou se imos a deshora.
FROLALTA.
Despois iremos, Senhora,
Que agora dizem que dorme.
Entra o Physico a tomar-lhe o pulso, e tomando-o diz:
PHYSICO.
Su madrasta oyó nombrar,
Y el pulso se le alteró:
Esto no entiendo yo,
Porque para le alterar
El corazon le obligó.
Pues que el corazon se altere,
Es porque en un momento
Algun nuevo vencimiento
De aficion terrible le hiere,