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No luar junto à sombra recendente
De um arvoredo em flor,
Que saudades e amor que influi na mente
Da montanha o frescor!
 
E quando, à noite no luar saudoso
Minha pálida amante
Ergue seus olhos úmidos de gozo
E o lábio palpitante...
 
Cheia da argêntea luz do firmamento,
Orando por seu Deus,
Então... eu curvo a fronte ao sentimento
Sobre os joelhos seus...
 
E quando sua voz entre harmonias
Sufoca-se de amor
E dobra a fronte bela de magias
Como pálida flor...
 
E a alma pura nos seus olhos brilha
Em desmaiado véu,
Como de um anjo na cheirosa trilha
Respiro o amor do céu!
 
Melhor a viração uma por uma
Vem as folhas tremer,