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Vivo ao sol de seus olhos namorados,
Como ao sol de verão a lagartixa.
V
LUAR DE VERÃO
O que vês, trovador? — Eu vejo a lua
Que sem lavor a face ali passeia...
No azul do firmamento inda é mais pálida
Que em cinzas do fogão uma candeia.
O que vês, trovador? — No esguio tronco
Vejo erguer-se o chinó de uma nogueira...
Além se entorna a luz sobre um rochedo,
Tão liso como um pau de cabeleira.
Nas praias lisas a maré enchente
S'espraia cintilante d'ardentia...
Em vez de aromas as douradas ondas
Respiram efluviosa maresia!