Has de conhecer a Parisina de Lord Byron. Para mim é uma das cousas mais suavemente escriptas desse poeta — de tudo que eu conheço em ínglez o mais suave.
Eu fiz um começo de traducçâo della; fazia tenção de mandar-t’a, mas fica para outra vez. Tanto mais devo mandar-t’a, que as primeiras palavras que escrevi no borrador da 1ª pagina de traducçâo forão: A meu amigo Luiz Antonio; É uma das obras mais immoraes de Byron, pois é uma madrasta adultera com seu enteado, que elle pinta com as cores mais românticas possiveis. — Eu creio que não acabarei a traducçâo; mas o que ha feito é teu e só teu: e por isso t’o mandarei. Cada qual dá o que tem — dar-te-hei versos, já que só isso tenho.
Meu Luiz, por agora adeus. Quando vier do baile, contar-te-hei alguma cousa que me impressionar mais por lá.